terça-feira, 28 de abril de 2009

Precisão x Emoção x Mau Humor

Precisão
“Djalma Santos pôs a bola na área e Vavá, com seu peito de aço meteu a cabeça nela fazendo 3 x 1.”
A descrição romântica de Nelson Rodrigues ao gol do Brasil na final da copa de 62 contra Tchecoslováquia deveria incluir a falha do goleiro e contar que de fato Vavá meteu o pé direito na bola e não a cabeça.
A precisão da informação na imprensa hoje não admitiria esse equívoco proposital. Porém o fim do romantismo na imprensa excluiu os mitos. Uma crônica sem paixão coloca na vala comum atletas como Rivaldo, Romário, Ronaldo, Bebeto e até Dunga.
Emoção
No passado verdade, opinião e lenda se misturam e nem todo mundo é capaz de diferenciar o que é jornalismo do que não é. Mas a maneira como os principais jornalistas esportivos de cada tempo se refere aos jogadores de cada época produz distorções difíceis de corrigir. E assim foram criados os mitos.
Nos relatos sobre o tetra e o pentacampeonato faltou a dramaticidade que sobrava nas coberturas das campanhas de 58,62 e 1970. Talvez tenha faltado simplesmente Nelson Rodrigues.
Mau Humor
O mau humor de comentaristas, jogadores (vide Juan do Flamengo) e de torcedores está insuportável e contagiante. Dia desses pintou até nota de repúdio de clube por um post puramente romântico e genial do Marcos Castiel.
Esse posicionamento “chapa branca” de vários blogs de torcedores que pregam muitas vezes o ódio a imprensa e a qualquer um que “raciocine” diferente não é um bom caminho.
Relaxem, aproveitem a história que está passando diante os nossos olhos: o retorno do Ronaldo, a saga do Avaí em busca do título, a batalha que o Figueirense terá para retornar a elite.
Fonte de Pesquisa: Livro Jornalismo Esportivo de Paulo Vinícius Coelho

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